8 de janeiro de 2008

lost in translation

Sala cheia de grandes amigos. E de suas mulheres e maridos. E de suas crianças.
Adora crianças, mas em doses moderadas e, de preferência, com grau de proximidade que me permita dar-lhes alguma educação, leia-se raspanete e palmada no rabo. O excesso de gnomos com um ar muito giro e mente perversa é um barril de pólvora sempre pronto a explodir. O grave é que os pais, ao verem tanta gente em volta, optam por entrar em alienação e deixam as crianças entregues ás outras crianças ou a um outro pai mais responsável. O resultado pode ser mais caótico do que Bagdad após a intervenção norte-americana e é justo temer por todos os objectos quebráveis em nosso redor, para além de ser quase inevitável o aumento da poluição sonora, tolerado pelos mesmos que dizem já não ir a discotecas porque o som está sempre muito alto e não conseguem conversar. Claro que não reparam que estão a caminho de se tornarem surdos, pelo menos se continuarem a achar que os guinchos das crianças são, mais do que normais, essenciais ao adequado desenvolvimento das mesmas.